quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O BAILE


Na escola, eles fizeram uma semana especial para semana do Dia das Crianças, do ponto de vista gastronômico (pipoca, sorvete e todo tipo de guloseimas infantis), claro, mas também do ponto de vista das atividades diárias. E hoje, quarta-feira, resolveram fazer um baile a fantasia, daqueles que os meninos são uma sorte dos super-heróis do momento, e as gurias uma salada de princesas da Disney.

Confesso que sou uma mãe relapsa às demandas escolares, e não tinha preparado uma fantasia para Alícia comparecer ao seu importante compromisso (Que vergonha!). Na verdade fui totalmente pega de surpresa! Pois bem... Quando fui olhar a agenda com as notinhas diárias sobre a rotina dela e coisa e tal, vi, de repente, que havia um Baaaiiiileee! "Ai meu Deus, e agora?" - Pensei! Afinal de contas já eram 20h00, já estávamos em casa, nos preparando pra dormir... Em resumo, eu precisava improvisar, e como estava fazendo uma arrumação em uns papéis, e outras miudezas que estavam espalhadas em cima da mesa, percebi que havia uns badulaques indianos sem muita utilidade, então cheguei a terrível conclusão de que Alícia iria vestida de indiana. (risos)

Peguei o vestido mais místico-alternativo que ela tinha, separei uma tatuagem dessas que você coloca na pele e joga água no papel pra fixar, como as figurinhas de antigamente (ainda existe isso?). E peguei uma, das dezenas de cartelas de bindi (só com os restos) - que sobraram do tempo que frequentava raves psicodélicas, e aderia à acessórios indianos, como terceiros-olhos psicodélicos, que compunham uma imagem e uma atitude psicodélica... Ufa! Estou falando do passado, tá? Bem passado, diga-se de passagem. Não que não permaneça uma forte simpatizante do movimento neohippie, mas é que tudo passa, até uva passa! - Então criei um personagem: Uma princesa indiana - a própria Maharani (caiu como uma luva)

Alícia estava no banho quando tive esta brilhante idéia. E eu já sabia a boa razão que isso seria para fazê-la  sair do banho sem a resistência comum e diária que esse procedimento representava. Então disse animada: "Alícia, achei uma fantasia maaaaara para o seu baile". Tiro e queda!!!! Ela saiu que nem uma bala do box! Daí já fui explicando que eram acessórios indianos e que se tratava de uma princesa indiana, mais próxima da Jasmim, princesa do Alladin, ali no Oriente Médio, mais perto da Ásia, e ela foi vizualizando e se animando! Oba! Daí pensei comigo: "Esse baile vai me ajudar a fazê-la dormir cedo também... Vou testar!!! (muahaha)". Então disse: "Alícia, vamos dormir e descansar a beleza pro baile de amanhã?!". Mas dessa vez não surtiu tanto efeito. Por alguns segundos ela até disse que devia realmente dormir cedo para chegar logo a hora do baile, mas logo se esqueceu. Hunf!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

3 ANOS


Tá chegando a hora de comemorármos o nosso aniversário, eu e Alícia. Será pra sempre assim: 15 e 19, 15 e 19, 15 e 19. Eu acho meio estranho fazer festas homéricas para seres humanos de 90 cm, e 3 anos de vida, apenas. Mas produzir é comigo mesmo, então, acredito que haverá um dia em que farei um mega festa pra Alícia. Mas me recuso a fazer isso antes que ela complete 1,5 metro. (Oras...)

Ela vai fazer 3 anos daqui a duas semanas, e é uma criança bem eloquente (cof cof), pra não dizer tagarela! Ela sempre teve bastante habilidade oral, mas agora o negócio tá ficando sério, porque os assuntos estão cada vez mais complexos e a memória está cada vez mais eficaz. Vamos exemplificar isso: ontem ela estava na casa da minha amiga, porque a creche entrou em suas mini-férias, mas eu trabalhei até 18h, claro, e foi então que ela contava um "causo" qualquer e disse: "Minha mãe tá demorando... Ai ai... Essa minha mãe tá vaiajando na maionese" (!!!!!!!!) Após um instante de espanto, minha amiga rolou no chão de tanto rir, né? Poxa vida... Quem anda ensinando essas coisas pra criança? (Quem fui?)

A coesão de idéias é cada vez maior (incrível), mas eu ainda me impressiono bastante com certas coisas! Como não, né? Viajando na maionese é demais.. Ainda mais se tratando de mim. (hunf).

A parte chata da chegada aos 3 anos, foi a sua primeira birra clássica de se jogar no chão. Foi no carrefour, local super adequado à esse tipo de performance. Já vi uma porrada de crianças fazendo show em mercados (porque será, hein?) E comigo não foi diferente! Confesso que fiquei horrorizada com a capacidade da minha filha em ser rebelde! Não fiquei com vergonha, como a maioria dos pais ficam, mas fiquei com vontade de simplesmente ir embora. Fiquei com muita raiva, também! Motivo da birra: ela queria abrir um tic tac que estava no caixa, mas eu já estava comprando um kinder ovo, e ela nem curte tic tac. Uma bobagem, eu sei, mas não podia simplesmente me render aos berros dela! Então entramos numa disputa de forças. Foi péssimo. Ela estava muito cansada e com sono, pois foi um dia difícil, entendo!





sexta-feira, 27 de julho de 2012

TÁ BEM, TÁ BEM... MAS NÃO SE IRRITE!

É impressionante!!! Por mais adorável que seja uma criança, às vezes ela pode te irritar muito. Tudo o que nós precisamos nessa vida aqui terrena, e nas demais que não estão ao alcançe dos meus olhos físicos é o amor!!! (Sou da turma dos Besouros).

Amar um filho é algo muito fácil, porque é natural, é químico, é espiritual. Mas à medida que essa criança cresce, ela é cada vez menos sua filha, e cada vez mais um indivíduo com um universo único, intangível e intransferível. 

E aí, as confusões mentais que temos, imersos numa vida corrida e cheia de responsabilidades, podem atrapalhar-nos a enxergar com clareza do que se trata uma atitude de amor. E aí você ama, diz que ama... E ama mesmo, mas do seu jeito... E o amor não tem um jeito... Ele é todos e nenhum jeito ao mesmo tempo.

Filosofias a parte, educar uma criança e amá-la como ela merece não é tarefa fácil pra (quase) ninguém. Sejamos honestos. É preciso reconhecer no outro seus direitos, seus deveres, e suas preferências, e sua liberdade de expressar. Isso vale pra qualquer um, quem dirá pro seu filho, seu parceiro da vida. Porque um filho nada mais é que o seu companheiro mais próximo para o resto da vida! Ou pelo menos deveria ser assim.

Ninguém faz um filho e põe ele nesse mundão de meu Deus à toa. Duvido que alguém pense o contrário. Seja lá qual for a crença religiosa ou científica que você tenha, vc não acha que uma gravidez, um parto e um bebê são meros acasos da vida, acha?

Taí uma tarefa difícil, meu povo! Mas a mais recompensadora, e a mais plena que pode existir! Acredite!
Eu tenho algumas considerações a fazer. Lembre-se sempre:

  • Um bebê pode ter mais para lhe ensinar do que vc imagina. São doçuras.
  • Tome muito suco de maracujá, florais de bach e procure se alimentar bem, e dormir bem.
  • Evite gritar.
  • Não bata. (nem um tapinha inofensivo)
  • Não aliene a criança, com julgamentos tendenciosos sobre nada, nem ninguém.
  • Não seja exigente demais, relaxe, confie...
  • Nunca julgue mal uma criança, pois ela está aprendendo. (Ensine, mostre o certo)
  • DÊ O EXEMPLO
  • Se perdoe quando errar, mas procure não cometer o mesmo erro outra vez. Lembre-se que você é  humano, e tente se conectar com a sua consciência mais elevada, para trasmitir muito amor aos que estão a sua volta.








terça-feira, 10 de julho de 2012

MATERNIDADE x VIDA SOCIAL


Ser mãe significa, dentre outras coisas, RENUNCIAR.... Depois que você passa a ter responsabilidades previstas na constituição, fisiológicas e ideológicas, sobre alguém, isso significa que será obrigado, ou praticamente forçado a deixar pra trás desejos e caprichos egóicos, como:
  1. Curtir um cinema com as amigas.
  2. Dar aquela esticadinha depois do trabalho.
  3. Encontrar aquela amiga de infância que mora fora, e está passando uns dias na cidade.
  4. Tomar um champanhe num lugar super cool, com música boa e gente legal.
  5. Ir ao aniversário daquela amiga incrível, cheio de pessoas interessantes.
  6. Assistir um filme e comer pipocas (cof cof) na casa daquele amigo gente fina.
  7. Passar o final de semana na Chapada, acampada na São Bento.
  8. Ou todas as alternativas à cima juntas num só fim de semana.
Ao invés disso, você irá assistir discovery kids, comer frutas, dar banho numa criança linda, limpar o nariz cheio de meleca, passar pomada nos 50 dodóis dela e ler a Branca de Neve pela milésima vez.

É bom que só também, acredite!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

I´M BACK!

Faz praticamente 1 ano que não alimento o blog mãedalícia, mas acredito que desta vez eu cumprirei a minha palavra de mantê-lo atualizado (believe it). Esse blog é na verdade uma maneira de, além de compartilhar experiências, registrar momentos e pensamentos que não voltam mais, que são únicos e intransferíveis. Observações sobre a Alícia é claro, mas principalmente sobre mim, sobre o meu olhar. 

Ser mãe jovem  (no meu caso aos 23) é uma experiência de renúncia muito profunda, muito arrebatadora, da liberdade que a juventude carrega em si.  Sem chance de pedir pra sair. Sem chance de dar sinal de parada e descer na próxima estação, pois trata-se de uma viagem só de ida, sem muitas escalas.
Alícia completa 3 anos em 19 de setembro de 2012. E está virando uma indivíduo, criando uma personalidade, alimentando certas preferências... Isso tudo é muito impressionante pra mim. Eu sou uma pessoa muito sensível, então devo reconhecer que me impressiono facilmente, mas quem não se encantaria ao assistir o desbrochar de um ser... Humano e inteligente... Como não se apaixonar por uma criatura independente e única, "produzida" por você? Talvez por isso seja mais fácil entender o teor do verdadeiro amor, do amor universal e incondicional, quando se é mãe. O amor de Deus, o amor do Cosmos, de Oxalá, de Krishna, de Allah... Whatever... Somos filhos de algo, de alguém, e somos realmente muito amados por Isso Tudo, ou por Esse Todo. Será que haveria algum sentido na vida, se soubéssemos ao certo as respostas de tantos mistérios?